terça-feira, 4 de setembro de 2012

Escandalosa Lady - Parte II





Muitas confusões a vista....
O que o destino reserva a lady Izidora e Aidan?


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Nesse meio tempo, em outro cômodo da mansão...
_ Não tem escolha Aidan. Terá de casar-se com lady Izidora._ disse lorde Northman.
_ Mas tudo não passou de um grande mal-entendido! Não posso sacrificar minha liberdade por isso.
_ Você não tem escolha! Prefere sacrificar uma lady bem nascida em detrimento de sua liberdade? Onde está seu senso de cavalheirismo?
_ Mas ela estava embriagada! Sabe o que isso significa? Minha vida será marcada pelo escândalo de uma esposa dada a bebedeiras.
_ Sua vida já está marcada pelo escândalo amigo. E outra coisa, lady Izidora não é uma ébria. Isso foi um infortúnio para ela, lhe asseguro.E além do mais, mais cedo ou mais tarde você terá de se casar mesmo. Aproveite! È uma bela lady!_ disparou lorde Dale.
_ Você enlouqueceu Dale?_ indagou um aborrecido Aidan.
_ Ultimamente tenho escutado muito essa pergunta. Ontem mesmo o conde de Pleasure me disse a a mesma coisa.
_ Veja a situação por este angulo Bradford. _ argumentou lorde Northman._ Lady Izidora é amiga de minha esposa, hóspede em minha casa. O que aconteceu, embora tenha sido um mal-entendido infeliz compromete a reputação da lady, o que me coloca na posição de defendê-la. Então, ou você se casa com ela, ou terá de prestar satisfações á minha pistola ao amanhecer.
_ Está me desafiando Northman? _ rosnou Aidan.
_ Estou apenas fazendo você refletir melhor em suas opções. Sua recusa não me deixará escolha.
_ Seja racional Bradford. Você foi flagrado nu na cama com aquela lady. Acha que vai escapar dessa situação? _ disse lorde Dale. _ E agradeça por lorde Delicious não estar aqui. Aquela lady é como uma irmã para a marquesa, e não sei quem seria pior pra você enfrentar, lorde Delicious ou lady Alexis.
_ Oh céus, em que situação escabrosa fui me meter?_ gemeu o desconsolado Aidan.



Dois dias depois, chegando em Londres, o tempo fechou! A família de Izidora estava irredutível! Era casar-se com lorde Desire e acabou-se!
E o pior, o tal lorde a visitaria naquele dia, portanto deveria ser gentil com ele, assim avisou os familiares da lady. Oh que ultraje!
Quando o mordomo anunciou a chegada do referido lorde, Izidora ficou tensa e sentiu a revolta renovar dentro de si.
_ Milady_ disse ele cumprimentando-a.
_Milorde.
_ Creio que não tivemos tempo de nos apresentarmos adequadamente. Sou Aidan Baadford, Conde de Desire.
"Oh céus! Ele ainda pensava em termos do que era apropriado? Foram flagrados na cama! Juntos! E ele estava nu! E " aquilo" cutucava as costas dela!"
_ Serei sincera milorde. Não estou nem um pouco encantada em conhecê-lo. Sua presença me trás lembranças por demais desagradáveis.
_ Visto que estamos sendo sinceros milady, digo o mesmo._ Falou Aidan observando Izidora. Em meio ao caos daquela fatídica manhã não tivera tempo de observá-la. Ela era muito bonita. Olhos expressivos, lábios convidativos, pele aparentava ser muito sedosa e cabelos brilhantes..._ No entanto, creio que podemos tirar o máximo de proveito desta condenada situação.
_ De fato?
_ Sim milady. Podemos levar essa situação adiante, reparando os estragos e depois procurar um meio-termo razoável para nós dois.
"Oh que ultrajante! Ele fazia parecer que o fato de casar-se com ela era pior que a forca!"
_ Milorde quer dizer, ter vidas separadas. È isso?
_ Se prefere colocar nesses termos, sim. È isso. Também gostaria de esclarecer que aprecio muitíssimo a discrição e não tolero situações semelhantes a esta em que nos envolvemos. Assim apreciaria muito se milady se portasse como se deve a aprtir de hoje.
_ Está me insultando lorde Desire.

_ Pelo contrário minha cara, estou apenas lhe advertindo. Chamando atenção a um ponto vital. Odeio escândalos!E gostaria que fosse mais contida quanto a bebida também.
_ Milorde, a despeito de sua visão preconcebida sobre minha pessoa, não sou uma bêbada!Aquilo foi um infeliz acidente.
_ De fato?
_ Experimente ter lorde Adoulfos como companhia por cinco minutos...
Aidan riu. Era a primeira vez que Izidora via o tal lorde desamarrar a cara e rir. Era um riso agradável, rico... e Izidora se inquietou com aquele som. Algo como calafrios percorrendo sua espinha. Ela então revoltou-se. Nada vindo daquele homem deveria agrada´-la. Ele era... era... muito enfadonho! Isso! Enfadonho e certinho demais pra seu gosto!
_ Prometo milady que me esforçarei ao máximo para tirarmo o melhor resultado desta situação e não negligenciar seus sentimentos.
_ Mas... e quanto ao amor?
_ Ora milady, não creio que haja espaço para isso em um casamento de conveniências.E como não gostamos um do outro mesmo, estou disposto a ser magnânimo e não consumar o casamento se milady preferir assim.
Izidora fez um "oh" com a boca, mas não exprimiu som algum. Então era assim? Casamento forçado e sem consumação? Ele não perdia por esperar, aquele almofadinha de emia tigela. Ele iria decobrir qeu não se brinca com Izidora Somerhalder! Mas para ele apenas disse:
_ Como quiser milorde.
 


 Nos dias que se seguiram, lorde Desire sempre aparecia para visitar Izidora e era extremamente respeitoso.Muito cortes, muito... enfadonho! Pelo jeito iria morrer de enfado com aquele casamento forçado. Mas ela tinha um plano! Aquele lorde iria se arrepender! Ah se ia!
Dias depois Aidan levou sua noiva á ópera. Apresentou a pessoas enfadonhas como ele. Praticamente não conversou com ela. Izidora estava revoltada. Tudo ocorria perfeitamente segundo os planos de Aidan. Mas... como nem tudo é perfeito, no retorno para casa, a carruagem deu um tranco ao passar por um dos buracos na rua. Aidan foi jogado para cima e antes que pudesse se equilibrar, viu-se na posição mais vergonhosa de sua vida( se não incluísse aquela fatídica manhã na casa de lorde Northman). Ele estava de rosto para baixo, entre as pernas de lady Izidora Somerhalder. E, longe de sentir-se embaraçada a endiabrada lady achava graça! Que mulher absurda!
Não tendo alternativas para se equilibrar e levantar-se, ele envolveu seus braços ao redor da cintura dela. E lá estava ele, de joelhos no piso da carruagem, com o peito entre as pernas dela, o rosto estava agora no nível da cintura dela.Levantou-se com dificuldade e, viu-se entre o embaraço e o perfume perturbador dela. Ao olhar para cima, viu que seu rosto estava muito próximo do seu. Os lábios curvos e róseos e úmidos... Seria muito fácil, ele pensou, segurar o rosto sorridente entre as mãos e pressionar os lábios contra os dela.
" Oh céus!", ele pensou, " precisava manter a cabeça no lugar! Não se deixaria envolver! Era um cavalheiro. Um prático e frio cavalheiro. Não deixaria aquele animal selvagem que vivia dentro dele sair!"

Izidora estava abismada! Lorde Aidan estava entre suas pernas e ela ria! Nunca antes tinha reparado nele, ma s agora, naquela posição, podia ver melhor. Os olhos eram claros e incomuns, espetaculares, quase hipnóticos. E aquela boca...
" Oh céus! como pode passar todo esse tempo sem prestar realmente atenção nele?"
_ Perdão milady._ disse ele com voz levemente enrouquecida. _ Esses malditos buracos..._ mal tivera tempo de terminar a frase e se erguer, e a carruagem deu outro tranco.... e agora lady Izidora que havia caído... no colo dele!
Num movimento instintivo, ele a segurou pela cintura para que não se machucasse. Estranho, como em questão de segundos, o que parecera tão indecoroso, passou a ser tão... natural.
Izidora pestanejou, com um arrepio ao sentir que os braços dele a prendiam pela cintura. Lá dentro em suas entranhas, em algum lugar que jamais tomara conhecimento, uma agitação diferente instalou-se, irradiando calor. Em um movimento instintivo para levantar-se ela mexeu os quadris e ao fazê-lo comprimiu as partes íntimas de Aidan.
_ Deus do céu! _ As palavras foram murmuradas, com veemência, soando como um clamor nos ouvidos dela, que se assustou.
Afinal, como não se assustaria? O inocente movimento da aldy, acabou despertando sua virilidade adormecida! E o animal dentro dele se agitava clamando por liberdade. Precisava se conter. Respirando profundamente, ele se manifestou.
_ Desculpe milady. Deixe-me ajudá-la.
Após retomarem seus lugares, ele perguntou:
_ Está machucada?
_ Não milorde.Obrigada por sua ajuda.
_ Creio que podemos dispensar as formalidades, já que iremos nos casar. Pode me chamar de Aidan.
_ Aidan... então. Obrigada.
Não trocaram mais palavras até findarem o percurso. Aidan agitado com aquela proximidade de sua perturbadora noiva. Izidora, também agitada, mas observando seu futuro marido e disposta a tirar proveito da descoberta da inquietação dele em sua presença.

E a partir daquele dia, Izidora começou a observar seu noivo. Quando Aidan não percebia, ela ficava a observá-lo, imaginando se havia algo mais por baixo daquela aparente frieza e meticulosidade. Até que, certo dia, enquanto tomavam chá a sós, ela soltou a bomba...
_ Milorde... Aidan.
_ Sim?
_ Gostaria de perguntar-lhe algo.
_ Pergunte Izidora.
_ Hum... Aidan, por que nunca me beijou?
Aidan cuspiu o chá, manchando a camisa.
_ Como é que é?
_ Você ouviu. Por que nunca me beijou? Supõe-se que noivos se beijam.
_ Milady... Izidora... teremos um casamento de conveniências, onde não haverá espaço para tais intimidades, portanto, nada de beijos.
_ Mas Aidan, o que haveria de mal? Afinal serão só alguns beijos e...
_ Sem beijos milady.
_ Mas por que?
_ Por que digo eu. Por que estamos tendo essa conversa desconcertante?
_ Por que quero que me beije.
_ E por que isso agora?
_Quero saber como se beija, e pensei que milorde se interessaria em me ensinar. A menos que essa sua relutância seja porque não saiba como se faz... ou talvez, milorde não seja um homem que aprecie beijar uma mulher...
Oh, aquilo já era demais, pensou Aidan. Que mulher louca era aquela qeu lhe empurraram como noiva?
_ Então milady que que a beije.- falou ele aparentando uma calma que não sentia.
_ Sim. Se milorde não souber como se faz, posso conseguir outro que esteja disposto a me ensinar.
_ Mas nem pensar!_ bradou ele_ Você é minha entendeu? Minha! E não vou permitir que outro a toque, muito menos que me envergonhe desse jeito!
Ele levantou-se em direção aonde Izidora estava sentada. Então ela queria ser beijada. Ele a satisfaria, afinal, era um cavalheiro e não se recusaria a atender o pedido de uma dama. Aproximou-se de Izidora com passos lentos de um predador, e a puxou do sofá.
Enlaçou pela cintura, puxando-a para si, e inclinou-se lentamente, ao passo que levava as mãos ao rosto dela para emoldurá-lo, e cobriu a boca de Izidora com a sua.

Ele segurou seu queixo com a mão e acariciou-lhe a face com o polegar. Era suave como uma pétala de rosa. E aquele perfume dela a enlouquecia...
Ela emitiu um leve som inarticulado. Aidan passou a mão por seu cabelo, apartando-lhe o pescoço. Seguiu a linha do queixo, semeando uma úmida trilha de beijos, até chegar ao ponto sensível sob sua orelha. Izidora estava de olhos fechados, e Aidan aproveitou para beijar as pálpebras, enquanto acariciava seus braços, suas costas. O corpo dela se encaixava perfeitamente ao seu. Ela era macia, delicada, doce. Tinha de protegê-la de si mesmo. Era morna e tentadora, excitante. Tinha de possuí-la.
Ela inspirou fundo e ele aproveitou para introduzir a sua língua no calor u´mido daquela boca.
" Ah se a porta estivesse trancada e o sofá fosse maior", ele pensou.
Izidora perdera totalmente o fio dos pensamentos. De verdade que tinha pedido que Aidan a beijasse? Não podia ser! Então porque ele estava com os olhos arregalados, olhando como se ela tivesse enlouquecido?Deveria fugir dali, mas ficou parada onde estava. Ele levantou-se do sofá, aproximando-se dela e a puxou. Observou sua boca se aproximando e fechou os olhos. Sentiu os lábios frios e firmes sobre os seus. Suaves. Pedindo, mas não exigindo.Convidando. Prometendo. Incitando... O coração começou a bater mais depressa. Um calor começou a se formar em seu ventre, e notou um batimento ainda mais abaixo, entre suas pernas. Também sentiu uma umidade ali.
O que significava tudo isso?
Suas pernas falhavam, como se não pudessem sustentar seu peso. Agarrou-se contra seu peito com ambas as mãos. Aproximou-se mais dele. Sentiu o coração dele pulsando sob suas mãos.

Os dedos dele enroscaram-se em seus cabelos. Calor... ela sentia muito calor. Tanto que estava ofegando, e o batimento entre suas pernas se transformou em uma dor.
Agarrou-se com força a ela enquanto ele a enchia, sua língua explorando o interior de sua boca. Ele a puxou para baixo, sentando-se no sofá com ela no colo . Ele puxou seu vestido para baixo, beijou-a, primeiro na boca, em seguida na garganta e continuou descendo.
—Oh. Ah…
Ambos os seios escaparam do espartilho. Ele não iria a…? Certamente que isso não era absolutamente apropriado…Ele percorreu a escura e úmida maravilha que era sua boca. Deus, era tão bom… tão bom como tinha imaginado tantas vezes desde aquela maldita noite em que caíra entre suas pernas, na carruagem. Ou melhor.
Bom, nem tanto. Em seus sonhos lady Izidora estava nua; gloriosa, esplêndida e completamente nua. Aidan sentia sua excitação crescer e aumentar de tamanho
Outra sacudida de luxúria sacudiu sua virilha. Ele ia explodir.
Ele abaixou as mãos por suas costas e deixou atrás do duro espartilho até chegar à deliciosa zona de seu traseiro. Percorreu seu contorno, cobriu-o com as mãos e o empurrou suavemente para aproximá-lo da zona dolorida.
Será que ela ia se escandalizar? Ficaria com medo? Não queria…
Ela fez um estranho ruído no fundo da garganta e se retorceu para se aproximar mais. Outro movimento como esse e ele acabaria fazendo algo sem volta.
Só de pensar fez com que sua parte mais masculina pulsasse pela antecipação. Dedicou-lhe uma dura reprimenda mental e afastou um pouco o quadril enquanto baixava para lhe beijar seu queixo. Sua respiração ofegante e seus leves gemidos encheram seus ouvidos. Ela cheirava a rosas e a necessidade.
Deus Santo. Agora eram suas mãos que percorriam as costas dele, se enfiavam sob seu casaco e se colocavam sobre sua traseiro. A desavergonhada! Estava puxando-o, tentando que reaproximasse dela.

Realmente ela precisava de uma boa lição e ele ia ministrá-lá… Aprende a beijar, não? Pois bem!
Izidora estava envolvida completamente naquela. De repente, a língua de Aidan estava se afastando. Não! Ainda não estava preparada para que isso acabasse. Mas ele interrompeu o beijo. 
Aidan ouviu passos aproximando-se e afastou-se dela.
Oh céus, onde estavam as fontes frias numa hora dessas? Precisava de um banho gelado!Em breve alguém entraria ali e suas calças eram muito ajustadas para ocultar sua situação atual. Tentando arrefecer o desejo, voltou-se para provoca´-la.
_ Então milady? _ disse ofegante._ Lhe parece que sei beijar?
_ Sim... bom... eu._ Izidora não sabia o que dizer.
_ milady pediu que a beijasse, lembra-se?
_ bom... sim. Gostaria que o grau de intimidade entre nós aumentasse.
"Oh, santos céus" pensou Aidan, " não era só aquilo que tinha aumentado". Aquela mulher havia tecido uma teia de escândalo e luxuria em volta dele e temia não poder mais fugir. Tentara apenas dar um pequeno beijo nela e se descontrolou totalmente! Isso não poderia voltar a acontecer, decidiu, embora seu corpo se rebelasse contra essa decisão.
_ Devo ir agora milady. Passe bem!

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